Antes de tudo, para ter uma mínima noção de como funciona a identificação micológica acesse nosso artigo de 5 passos para identificar o Psilocybe cubensis, lá você aprenderá a diferenciar certas estruturas presentes na maioria dos cogumelos. Então vamos lá:
Aprender sobre a ID de uma certa espécie demanda tempo e dedicação. Embora o A. muscaria expresse uma grande diferença fenotípica de outros cogumelos do mesmo gênero, para caçá-los precisamos de atenção, principalmente ao clima.
ONDE ENCONTRAR O AMANITA MUSCARIA NO BRASIL?
O A. muscaria é um cogumelo que ocorre principalmente no hemisfério norte, onde há maior presença de pinheiros (Pinus spp.) e onde o clima temperado predomina, com baixas prolongadas de temperatura. Mas esse fato não exclui a presença da espécie em solo brasileiro!
Devido a globalização e políticas de madeiramento certificado o Brasil hoje detém uma imensidade de alqueires de florestas de Pinus spp., seja para a indústria de papel, o setor da construção civil e diversos outros segmentos. Essas florestas, que são plantadas normalmente em decênios, são a fonte de A. muscaria em nosso país. Florestas de Pinus spp. constituem uma densa camada de serrapilheira abaixo de sua copa, o que muitas das vezes impede o crescimento de outras espécies e promove a infestação do micélio de A. muscaria, como muitas sementes ou até mesmo mudas são importadas não é difícil encontrar uma floresta de pinheiros que não tenha alguma contaminação do micélio.
Mas além do fator biótico (relação entre Pinus spp. e Amanita muscaria) temos ainda o fator climático que influi, e muito, no desenvolvimento dos micélios em território brasileiro. Segundo o Guia de Campo de Cogumelos Silvestres do Ministério da Agricultura de Portugal, o chapéu vermelho frutifica (emite o o corpo chamado “cogumelo”) entre a primavera e outono.
Aqui no Brasil, você só vai ter a chance de encontrar um destes na região Sul, Sudeste e talvez na porção Sul da Centro-Oeste de nosso território.
Conclusão do perímetro de caça: Você precisará caçar na porção Sul do país, no inverno (com uma máxima de 19 graus mantidos por pelo menos 2 semanas) e nas proximidades de uma floresta de Pinus spp.
COMO IDENTIFICAR?
1 – A coloração do píleo (“chapéu”) é a característica mais marcante da espécie, variando de um vermelho intenso escarlate até mesmo um amarelo alaranjado (quando jovem e não psicoativo).
2 – O salpicado de pintinhas regulares e brancas também é um fator sugestivo da espécie.
3 – As lamelas são delgadas e brancas ou amareladas.
4 – A estipe tem de 10 a 20 cm, de coloração branca ou amarelo-pálido. A parte basal é consideravelmente espessa e com anéis rompidos.
Lembre-se sempre de que o consumo consciente do Amanita muscaria é imprescindível, trata-se de um cogumelo extremamente tóxico.
*Nota: Cumprimentos a Ana Carla Gouveia que nos alertou sobre especificar que o consumo do Amanita muscaria deve acontecer após desidratação. Você pode encontrar formas segura de desidratação aqui.
Boa caça!
*ENDEREÇO ORIGINAL DA FOTO DE CAPA: WWW.WALLPAPERAWESOME.COM/WALLPAPER-AMANITA-MUSCARIA-MUSHROOM.PHP
FONTE: httpss://www.psicodelizando.com.br/guia-de-caca-e-identificacao-do-amanita-muscaria/